terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tenha um feliz 1959 em Bioshock


Quando peguei Bioshock para jogar pela primeira vez tive uma ótima sensação: estava tendo naquele momento uma boa sensação de nostalgia, ao jogar um FPS de respeito. E acreditem, há um bom tempo que eu não fazia isso, pois os jogos de tiro em primeira pessoa, em suas grandes quantidades costumam ser agradáveis mas ainda sim abaixo da média. E digo isso justamente sobre as franquias de respeito, que após um lançamento de sucesso, parecem terem usado ou perdido toda a fórmula dos jogos de tiro.

  Bioshock que foi desenvolvido pela 2kgames e lançado em 2007, foi bem aclamado pelo público e críticos de games pois é um FPS que desperta a adrenalina máxima dos jogadores, com diversos fatores técnicos bem trabalhados, misturando a cultura e visual dos anos 60, e vão por mim, com um clima meio macabro envolvendo palhaços mutantes anarquistas e criancinhas sendo protegidas por monstros bombados, tudo isso em uma cidade submersa tomada por loucuras e musiquinhas de circo em máquinas de cassaniqueis.

Você não vai querer irritar esses caras!

Um enredo profundo... No fundo do mar
Tudo já começa com um enredo profundo (olha o trocadilho em relação ao mar), fazendo uma forte crítica social sobre a opressão a liberdade das pessoas na sociedade, e principalmente em relação a muitos artistas que são censurados pela mídia manipulada e a mente conservadora das pessoas presas ao padrão social, e por isso são vedados ao fracasso. É preciso muita atenção para que Bioshock não seja só mais um jogo de tiro no seu catálogo, pois ele oferece muuuito conteúdo, e é necessário um mínimo de atenção para que se entenda o jogo. Tenho certeza que muitos irão se identificar fortemente com a filosofia desta história, ao mesmo tempo que outros irão se sentir fortemente atacados, pois o jogo além das questões filosóficas, envolve também questões políticas Isso sempre gerou uma grande discussão e discórdias nas redes sociais, então apesar de ser um excelente game ele pode ser desprezado por defensores de lados políticos. Aqui é onde conta a história de Ryan, um filosofo/cientista Russo que nos anos 20 sua família sofreu uma forte repressão devido a "revolução" soviética. Ryan foi crescendo e se revoltou fortemente com os partidos de esquerda, os partidos socialistas, pois ele acreditava e os fortes eram impedidos de crescer pelos fracos, pois as conquistas e riquezas dos homens fortes eram sempre divididas injustamente para os pobres ou fracassados. Com isso Ryan foi morar na América onde poderia abusar de sua sensibilidade liberal  e construir seus reinos com o seu suor sem maiores preocupação em ser arrastado para traz. Então ele cosntruiu RAPTURE, a cidade sumarina da liberdade, onde não haveria mestres e nem deuses, somente homens. Rapture se tornou uma grande cidade envolvendo uma poderosa economia e as maiores mentes do mundo, exatamente como Ryan queria...

Há uma enorme beleza no climão de anos 60 e terror de Bioshock.


Uma guerra urbana começa a acontecer em Rapture, e todos os pilares da cidade de Ryan começam a se ruir (ou devo dizer vidros submersos começam a se trincar? kkkk) , pois na cidades dos gênios começam a ter cidadãos querendo sair devido aos destaques para os mais gênios, porem, todos estão presos nela, pois ali seria a cidade com a melhor população do mundo e ninguém mais teria permissão para sair... A partir disto as pessoas começam a enlouquecer e atacar umas as outras, começam a se revelar psicopatas assassinos e ai, o caos está pronto...

Sem deuses ou reis Somente homens.

O TERROR
 Até hoje uma das coisas que não posso deixar de dizer, apesar da época de seu lançamento, é que o game tem uma beleza muito grande, pois ele consegue misturar todo um ambiente de anos 60, americano (bem estilo aqueles comerciais mesmo, tenha como exemplo a série American Horror History) com um clima de horror, violência e ação ao mesmo tempo. A ação é frenética e dificilmente você irá ficar entediado, já que a movimentação do personagem e controles são quase que perfeitos (no pc). Em alguns momentos será um completo faroeste submerso, cientistas loucos e palhaços mutantes se juntarão de todos e começarão a gritar e rir escandalosa e assustadoramente em os lados da tela, e ai meu amigo... Você vai ter que ter uma mira muito boa! Some esta experiência com sangue para todos os lados e garotinhas em cenários escuros gritando "KILL HIM KILL HIHMM ò_ò" ... Só não tenha um ataque cardíaco.

A violência em Biochock é gratuita. O game gerou uma grande polêmica por envolver caça de menininhas carregando drogas marinhas, por tanto, deixem as crianças longe! Elas podem querer usar drogas marinhas
Não riam, é sério!

Pequenas irmazinhas e grandes papais
 Os inimigos mais interessantes do jogo são as Little Sisters, garotinhas mutantes (infectadas com o ADAM) acompanhadas de brutamontes procurando meios e recursos de sobrevivência. Estas garotinhas estão infectadas com uma droga chamada ADAM, um tipo de gosma extraída de um peixe que tem propriedades capazes de multiplicar células tronco, e foram usadas para  curar ferimentos dos cidadãos de  RAPTURE, pois o ADAM substituira as antigas células tronco do corpo, porém os cidadãos começaram a abusar das doses para fazer as curas, os viciando. Isto acabou tornando os gênios loucos, psicóticos, viciados e agressivos.
O parasita começou a ser usado em garotinhas, pois foi descoberto que no sexo feminino a droga expandia a capacidade mental. Era uma forma de lucrar com a droga em um tipo de mercado negro, já que elas eram capazes de multiplicar a droga em seus organismos.

Você terá a opção de salvar as garotinhas ou remover o parasita a força, para extrair o ADAM


 As pequenas irmãzinhas começaram a serem sequestradas e assassinadas pela grande quantidade de ADAM que elas produziam, arriscando causar uma escassez da droga e levando os cidadãos ainda mais a loucura. Foi então criado os Big Draddies, cadáveres de homens mortos geneticamente modificados para acompanhar e proteger as little sisters. As garotinhas também foram alteradas geneticamente para que suas mentes criassem uma ilusão de que os mortos eram anjos e elas aceitassem a situação em que teriam de devorar cadáveres para produzir mais ADAM, e no entanto, sobreviver.





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